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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Maria Lucia lutou em meio a poluição visual para ser reeleita vereadora

Maria Lucia da Silva Richard ingressou há quase três décadas como professora na Rede Estadual de ensino Público de Santa Catarina, na localidade de João Pessoa, Município de Guaramirim (SC), próximo ao Município de Joinville (SC).
Posteriormente, lecionou em diversas unidades escolares da Rede Estadual, bem como realizou um ingresso na carreira de Supervisora Escolar, atuando nessa função, na Escola de Educação Básica "Lauro Zimmermann", onde ocupou a função de diretora.
Em outra oportunidade exerceu a função de Secretária Muncipal de Educação, do Governo do Muncípio de Guaramirim, no segundo mandato de Antonio Zimmermann, nos anos 90.
Maria Lucia sempre revelou-se uma cidadã pensante, atuante e compente. Criou todo um conjunto de ações focadas nos problemas que afligem o cidadão comum. Assim, construiu o seu currículo profissional com seriedade, profissionalismo, entre outros indicadores, que em 2004 conquistou nas urnas, o seu primeiro mandato de Vereadora, o qual exerceu desde janeiro de 2005, até o presente momento.
Em 2008 foi a releição, cujo quadro de candidatos foi siginificativo, que estimulou a população a renovar o quadro de vereadores do legislativo de Guaramirim, para o quadriênio de 2009 a 2012.
Embora, não foi reeleita Vereadora, Lucia notabilizou-se na luta pela igualdade étnica, um dos esforços desta educadora. Com determinação foi aos rinções de Guaramirim (Putanga/Centro/Corteiceira) levantar os elementos da história do povo afro, que estão ainda vivos no imaginário coletivo dos antigos moradores. Eu testemunhei a história, pois com ela fui ao locais que concentram a população de quilombolas e registrei por meio de imagens digitais e gravação de depoimentos, a história dos afros-descendentes.
Apesar do esforço, não recebeu reconhecimento devido pelas outras lutas que realizou em prol das necessidades do povo guaramirense, que foram acentuadas. Participou ativamente das grandes discussões sobre os direitos dos portadores de necessidades especiais (Criação do Conselho dos Deficientes Auditivos e Visuais) e o consumo de bebidas alcóolicas em logradouros públicos.
Todavia, como cidadão democrática estará presente à comunidade para continuar ouvindo a dor dos marginalizados e oprimidos, os sem história e memória, visto que o grupo dominante da cidade faz questão de ignorar com arrogância secular.
O quadro das eleições em Guaramirim foi poluído, embora prevaleceu a democracia como elemento significativo, para possibilidades de mudanças, que deverão sugir por parte do novo Chefe do Executivo, o qual deverá conter os crimes contra o Patrimônio Histórico, Patrimônio Mineral (extração indevida da areia no Rio Itapocu), e Patrimônio Ecológico. Eis, os desafios do Muncípio de Guaramirim e todos os demais municípios que integram a AMVALI (Associação dos Muncípios do Vale Itapocu).

Francisco Alves, o afro eleito vereador em 2008

Na Rua Theodoro Ribeiro, próximo do Morro das Águas Claras, o recém eleito Vereador dos Partidos dos Trabalhadores (PT), externou o seus agradecimentos pelo número de votos que recebeu da população da Ilha da Figueira. Eleito pela oposição deverá sustentar uma plataforma de fiscalização ao Executivo, visto a garantir o seu futuro político.

Este autodoor estava localizado nas proximidades da extinta Sociedade Vitória, da Ilha da Figueira. A campanha do Sr Francisco Alves foi timida, todavia, apresentou resultados significativos, como a conquista de uma vaga, no legislativo jaraguaense. Portanto, agora deverá defender a visibilidade e as lutas do povo afro, cuja tarefa será um desafio permanente. O importante será mostrar e lutar à favor do interesse coletivo e pela história desta etnia. Assim, conseguir a chamar a atenção da sociedade jaraguaense, quanto ao fator preconceito. Esta sempre foi a retórica do Sr Francisco, contra a eleite de nossa cidade, que ao longo de mais de um século, contou a história de progresso somente pelo discurso do grupo dominante.

Nego Sid, disputou vaga no legislativo de Jaraguá do Sul

O Nego Sid - que devo saber brevemente o seu nome - saiu candidato pelo Bairro Nova Brasília, Rua José Emmendörfer. Morador no pé do Morro do Carvão (Marista), foi às ruas com simplicidade defendendo o Plano de Governo 45, com Cecília e Irineu.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Balneário Camboriú há 40 anos homenageou Machado de Assis

Neste ano o Brasil inteiro mobilizou-se para homenagear Machado de Assis, o escritor negro que entrou para as páginas da história da literatura, como um moderno homem e rara inteligência.
A cidade de Balneário Camboriú (SC), também destacou-se ao convidar a comunidade, para prestigiar os eventos na sede da Biblioteca Pública, a qual tem como Patrono Machado de Assis.
A Biblioteca Pública Machado de Assis, do Município completou 40 anos de fundação, um patrimônio e orgulho para os camboriuenses. Foram milhares de pessoas que passaram pelo prédio e consumiram quilômetros de páginas literárias, entre periódicos, enciclopédias e livros. Portanto, um espaço cultural, que conquistou a comunidade por intermédio de profissionais qualificados e preparados, oportunizando ao cidadão o acesso à múltiplos conhecimentos.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Assessores de Vicentinho encaminham ao Vale do Itapocu cópia do Projeto que deu origem ao Hino à Negritude

Exmo Deputado
VICENTE PAULO DA SILVA
Brasília - DF

Prezado Senhor,

Com os meus cordiais cumprimentos, parabenizo V. Excelência pela aprovação do Projeto do "Hino à Negritude", no Plenário da Câmara Federal.
Certo de que aprovação trará enorme debates em meio à Escola Pública Catarinense e demais cidades brasileiras, devido a relevância da questão, ficamos orgulhosos de levar o assunto às aulas de História, em uma da unidades escolares que leciono em Santa Catarina.
Por meio deste, solicito cópia do Projeto Lei aprovado, do Hino e a biografia do autor Eduardo de Oliveira.
Sem mais reafirmo o meu apreço e admiração,
Respeitosamente,
Ademir Pfiffer
Jaraguá do Sul - SC
Data: 20/10/2008
Resposta à solicitação:
Prezado Senhor Ademir Pfiffer,
Incumbiu-me o deputado de responder sua mensagem.
Agradecemos pelos cumprimentos. Informo que o PL seguirá para a Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania. Na comissão de Educação e Cultura foi aprovado com emenda subtraindo o parágrafo primeiro, tornando-o facultativo.
A biografia do Professor Eduardo pode ser solicitada diretamente a ele, pelos contatos : 11 - 36226782 - 49313635 -
cnabeduardo@ig.com.br

A letra do Hino encontra-se no corpo do PL e o mesmo estará disponível a partir de amanhã no site do Vicentinho (
www.vicentinho.com )

Att.
Paulo Cesar

PROJETO DE LEI ____DE 2007.
(do Senhor Vicentinho)
Dispõe sobre a oficialização em Território Nacional do Hino à Negritude.
O Congresso Nacional Decreta:
Art. 1º – Fica oficializado, no Território Nacional, o Hino à Negritude, de autoria do Professor Eduardo de Oliveira.
Parágrafo Único. O “Hino à Negritude” deverá ser entodado em todas as solenidades dirigidas à raça negra.
Art. 2º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias, contados da promulgação.
Art. 3º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Justificação

Apresentado originalmente em 1966, pelo Deputado Federal Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade Filho e posteriormente em 1993 pelo deputado federal Nelson Salomé e ainda, em 1997 pelo deputado Marcelo Barbieri, esta proposição tramitou por esta casa legislativa nas comissões afins, não encontrando óbice em seu mérito, constitucionalidade e técnica legislativa. Mesmo assim, por razões calcadas apenas pela resistência ao reconhecimento da necessidade de se preencher uma lacuna histórica da nossa sociedade, tal proposta não foi adiante.
Hoje, dia 20 de novembro de 2007, Dia Nacional da Consciência Negra e passados 41 anos desde a sua primeira incursão nesta casa, retomo esta proposição em virtude do reconhecimento da trajetória do negro na formação da sociedade brasileira e da inexistência de símbolos que enalteçam e registrem este sentimento de fraternidade entre as diversas etnias que compõem a base da população brasileira. Como marca de reconhecimento de tudo que os negros fizeram e fazem pelo Brasil, proponho o presente projeto que também intuita, notadamente, oficializar esta peça cívica lítero-musical de autoria do professor e poeta negro Eduardo de Oliveira.
Assim sendo, conto com os nobres pares no apoiamento desta proposição.
Sala das sessões, em 20 de novembro de 2007.

DEPUTADO VICENTINHO

“HINO À NEGRITUDE”
(Cântico à Africanidade Brasileira)
Autor: Eduardo de Oliveira (letra e música)
I –
Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs

Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)

II
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lh destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a solenidadesPara o bem de nosso país

Ergue a tocha no alto da glória
Quem, horoi, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)

III
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da Mãe-África
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás

Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)

IV
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir


Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São Galardões aos negros de altivez.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Hino à Negritude

Circulou no Jornal Absoluto de 20 de outubro as informações sobre o Hino à Negritude, conforme à seguir matéria do jornalista de carreira Adelmo Müller:
"HINO À NEGRITUDE A Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal aprovou o Projeto de Lei 2445/07, do deputado Vicentinho (PT-SP), que oficializa o Hino à Negritude, do poeta e professor Eduardo de Oliveira, em todo o território nacional. A proposta original prevê que o hino seja executado em todas as solenidades dirigidas à raça negra, mas, em voto em separado, a relatora, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), acolheu a sugestão dos deputados Lobbe Neto (PSDB-SP) e Ivan Valente (Psol-SP), e suprimiu essa determinação. De acordo com Vicentinho, o projeto foi apresentado originalmente em 1966, pelo então deputado Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade Filho. Foi reapresentado em 1993 pelo ex-deputado Nelson Salomé e em 1997 pelo também ex-deputado Marcelo Barbieri. Segundo o autor, a proposição foi aprovada em todas as comissões, mas, "por razões calcadas apenas na resistência ao reconhecimento da necessidade de se preencher uma lacuna histórica da nossa sociedade, não foi adiante".