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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A antiga Escola Alemã do antigo Itapocuzinho III homenageou o Patrono Machado de Assis







Ocorreio do Povo apresentou em suas páginas os fragmentos de história do povo afro


Jornal Anoticia pelo informativo AnJaraguá mostrou fragmentos do Dia da Consciência Negra

A matéria jornalística abaixo, mostra o profissionalismo e a sensibilidade pelo olhar de Mauricio Cossio. Aproveitando o gancho da temática, o jornalista respondeu a seguinte pergunta:
Ademir Pfiffer - Qual a responsabilidade do jornalista em contar a história de um povo que tem rara visibilidade na história de Jaraguá do Sul?
Mauricio Cossio - Talvez, pelo pouco tempo que temos na nossa profissão, possamos revelar algumas pistas para que as pessoas possam descobrir seu mundo.
Garanto que foi um dos trabalhos mais prazerosos que já fiz no jornal, justamente por poder revelar a ponta de uma história que estava esquecida e que muitos afro-descendentes de hoje não conhecem. Espero continuar contando com a ajuda do amigo nessas empreitadas pela história da região.

"A cultura não se herda, conquista-se." (André Malraux)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Moças afros enriquecem a moda e o estilismo regional

"Que daria dizer para nossas pessoas, os negros procurar caminhar com os seus pés e maior honestidade." - Alvaril Gomes - 2005.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Maria Lucia lutou em meio a poluição visual para ser reeleita vereadora

Maria Lucia da Silva Richard ingressou há quase três décadas como professora na Rede Estadual de ensino Público de Santa Catarina, na localidade de João Pessoa, Município de Guaramirim (SC), próximo ao Município de Joinville (SC).
Posteriormente, lecionou em diversas unidades escolares da Rede Estadual, bem como realizou um ingresso na carreira de Supervisora Escolar, atuando nessa função, na Escola de Educação Básica "Lauro Zimmermann", onde ocupou a função de diretora.
Em outra oportunidade exerceu a função de Secretária Muncipal de Educação, do Governo do Muncípio de Guaramirim, no segundo mandato de Antonio Zimmermann, nos anos 90.
Maria Lucia sempre revelou-se uma cidadã pensante, atuante e compente. Criou todo um conjunto de ações focadas nos problemas que afligem o cidadão comum. Assim, construiu o seu currículo profissional com seriedade, profissionalismo, entre outros indicadores, que em 2004 conquistou nas urnas, o seu primeiro mandato de Vereadora, o qual exerceu desde janeiro de 2005, até o presente momento.
Em 2008 foi a releição, cujo quadro de candidatos foi siginificativo, que estimulou a população a renovar o quadro de vereadores do legislativo de Guaramirim, para o quadriênio de 2009 a 2012.
Embora, não foi reeleita Vereadora, Lucia notabilizou-se na luta pela igualdade étnica, um dos esforços desta educadora. Com determinação foi aos rinções de Guaramirim (Putanga/Centro/Corteiceira) levantar os elementos da história do povo afro, que estão ainda vivos no imaginário coletivo dos antigos moradores. Eu testemunhei a história, pois com ela fui ao locais que concentram a população de quilombolas e registrei por meio de imagens digitais e gravação de depoimentos, a história dos afros-descendentes.
Apesar do esforço, não recebeu reconhecimento devido pelas outras lutas que realizou em prol das necessidades do povo guaramirense, que foram acentuadas. Participou ativamente das grandes discussões sobre os direitos dos portadores de necessidades especiais (Criação do Conselho dos Deficientes Auditivos e Visuais) e o consumo de bebidas alcóolicas em logradouros públicos.
Todavia, como cidadão democrática estará presente à comunidade para continuar ouvindo a dor dos marginalizados e oprimidos, os sem história e memória, visto que o grupo dominante da cidade faz questão de ignorar com arrogância secular.
O quadro das eleições em Guaramirim foi poluído, embora prevaleceu a democracia como elemento significativo, para possibilidades de mudanças, que deverão sugir por parte do novo Chefe do Executivo, o qual deverá conter os crimes contra o Patrimônio Histórico, Patrimônio Mineral (extração indevida da areia no Rio Itapocu), e Patrimônio Ecológico. Eis, os desafios do Muncípio de Guaramirim e todos os demais municípios que integram a AMVALI (Associação dos Muncípios do Vale Itapocu).

Francisco Alves, o afro eleito vereador em 2008

Na Rua Theodoro Ribeiro, próximo do Morro das Águas Claras, o recém eleito Vereador dos Partidos dos Trabalhadores (PT), externou o seus agradecimentos pelo número de votos que recebeu da população da Ilha da Figueira. Eleito pela oposição deverá sustentar uma plataforma de fiscalização ao Executivo, visto a garantir o seu futuro político.

Este autodoor estava localizado nas proximidades da extinta Sociedade Vitória, da Ilha da Figueira. A campanha do Sr Francisco Alves foi timida, todavia, apresentou resultados significativos, como a conquista de uma vaga, no legislativo jaraguaense. Portanto, agora deverá defender a visibilidade e as lutas do povo afro, cuja tarefa será um desafio permanente. O importante será mostrar e lutar à favor do interesse coletivo e pela história desta etnia. Assim, conseguir a chamar a atenção da sociedade jaraguaense, quanto ao fator preconceito. Esta sempre foi a retórica do Sr Francisco, contra a eleite de nossa cidade, que ao longo de mais de um século, contou a história de progresso somente pelo discurso do grupo dominante.

Nego Sid, disputou vaga no legislativo de Jaraguá do Sul

O Nego Sid - que devo saber brevemente o seu nome - saiu candidato pelo Bairro Nova Brasília, Rua José Emmendörfer. Morador no pé do Morro do Carvão (Marista), foi às ruas com simplicidade defendendo o Plano de Governo 45, com Cecília e Irineu.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Balneário Camboriú há 40 anos homenageou Machado de Assis

Neste ano o Brasil inteiro mobilizou-se para homenagear Machado de Assis, o escritor negro que entrou para as páginas da história da literatura, como um moderno homem e rara inteligência.
A cidade de Balneário Camboriú (SC), também destacou-se ao convidar a comunidade, para prestigiar os eventos na sede da Biblioteca Pública, a qual tem como Patrono Machado de Assis.
A Biblioteca Pública Machado de Assis, do Município completou 40 anos de fundação, um patrimônio e orgulho para os camboriuenses. Foram milhares de pessoas que passaram pelo prédio e consumiram quilômetros de páginas literárias, entre periódicos, enciclopédias e livros. Portanto, um espaço cultural, que conquistou a comunidade por intermédio de profissionais qualificados e preparados, oportunizando ao cidadão o acesso à múltiplos conhecimentos.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Assessores de Vicentinho encaminham ao Vale do Itapocu cópia do Projeto que deu origem ao Hino à Negritude

Exmo Deputado
VICENTE PAULO DA SILVA
Brasília - DF

Prezado Senhor,

Com os meus cordiais cumprimentos, parabenizo V. Excelência pela aprovação do Projeto do "Hino à Negritude", no Plenário da Câmara Federal.
Certo de que aprovação trará enorme debates em meio à Escola Pública Catarinense e demais cidades brasileiras, devido a relevância da questão, ficamos orgulhosos de levar o assunto às aulas de História, em uma da unidades escolares que leciono em Santa Catarina.
Por meio deste, solicito cópia do Projeto Lei aprovado, do Hino e a biografia do autor Eduardo de Oliveira.
Sem mais reafirmo o meu apreço e admiração,
Respeitosamente,
Ademir Pfiffer
Jaraguá do Sul - SC
Data: 20/10/2008
Resposta à solicitação:
Prezado Senhor Ademir Pfiffer,
Incumbiu-me o deputado de responder sua mensagem.
Agradecemos pelos cumprimentos. Informo que o PL seguirá para a Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania. Na comissão de Educação e Cultura foi aprovado com emenda subtraindo o parágrafo primeiro, tornando-o facultativo.
A biografia do Professor Eduardo pode ser solicitada diretamente a ele, pelos contatos : 11 - 36226782 - 49313635 -
cnabeduardo@ig.com.br

A letra do Hino encontra-se no corpo do PL e o mesmo estará disponível a partir de amanhã no site do Vicentinho (
www.vicentinho.com )

Att.
Paulo Cesar

PROJETO DE LEI ____DE 2007.
(do Senhor Vicentinho)
Dispõe sobre a oficialização em Território Nacional do Hino à Negritude.
O Congresso Nacional Decreta:
Art. 1º – Fica oficializado, no Território Nacional, o Hino à Negritude, de autoria do Professor Eduardo de Oliveira.
Parágrafo Único. O “Hino à Negritude” deverá ser entodado em todas as solenidades dirigidas à raça negra.
Art. 2º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias, contados da promulgação.
Art. 3º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Justificação

Apresentado originalmente em 1966, pelo Deputado Federal Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade Filho e posteriormente em 1993 pelo deputado federal Nelson Salomé e ainda, em 1997 pelo deputado Marcelo Barbieri, esta proposição tramitou por esta casa legislativa nas comissões afins, não encontrando óbice em seu mérito, constitucionalidade e técnica legislativa. Mesmo assim, por razões calcadas apenas pela resistência ao reconhecimento da necessidade de se preencher uma lacuna histórica da nossa sociedade, tal proposta não foi adiante.
Hoje, dia 20 de novembro de 2007, Dia Nacional da Consciência Negra e passados 41 anos desde a sua primeira incursão nesta casa, retomo esta proposição em virtude do reconhecimento da trajetória do negro na formação da sociedade brasileira e da inexistência de símbolos que enalteçam e registrem este sentimento de fraternidade entre as diversas etnias que compõem a base da população brasileira. Como marca de reconhecimento de tudo que os negros fizeram e fazem pelo Brasil, proponho o presente projeto que também intuita, notadamente, oficializar esta peça cívica lítero-musical de autoria do professor e poeta negro Eduardo de Oliveira.
Assim sendo, conto com os nobres pares no apoiamento desta proposição.
Sala das sessões, em 20 de novembro de 2007.

DEPUTADO VICENTINHO

“HINO À NEGRITUDE”
(Cântico à Africanidade Brasileira)
Autor: Eduardo de Oliveira (letra e música)
I –
Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs

Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)

II
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lh destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a solenidadesPara o bem de nosso país

Ergue a tocha no alto da glória
Quem, horoi, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)

III
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da Mãe-África
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás

Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)

IV
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir


Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São Galardões aos negros de altivez.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Hino à Negritude

Circulou no Jornal Absoluto de 20 de outubro as informações sobre o Hino à Negritude, conforme à seguir matéria do jornalista de carreira Adelmo Müller:
"HINO À NEGRITUDE A Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal aprovou o Projeto de Lei 2445/07, do deputado Vicentinho (PT-SP), que oficializa o Hino à Negritude, do poeta e professor Eduardo de Oliveira, em todo o território nacional. A proposta original prevê que o hino seja executado em todas as solenidades dirigidas à raça negra, mas, em voto em separado, a relatora, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), acolheu a sugestão dos deputados Lobbe Neto (PSDB-SP) e Ivan Valente (Psol-SP), e suprimiu essa determinação. De acordo com Vicentinho, o projeto foi apresentado originalmente em 1966, pelo então deputado Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade Filho. Foi reapresentado em 1993 pelo ex-deputado Nelson Salomé e em 1997 pelo também ex-deputado Marcelo Barbieri. Segundo o autor, a proposição foi aprovada em todas as comissões, mas, "por razões calcadas apenas na resistência ao reconhecimento da necessidade de se preencher uma lacuna histórica da nossa sociedade, não foi adiante".

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Machado de Assis é um dos escritores brasileiros homenageados em Jaraguá do Sul

No ano que celebramos os 100 anos da morte de Machodo de Assis, a cidade de Jaraguá doSul por inicitiva de empresários da construção civil determinaram homemagear o escritor de renome na literatura brasileira. Um reconhecimento pela contribuição deste escritor à literatura brasileira, ao difundí-la com originalidade e criatividade.
Jaraguá do Sul, no Vale do Itapocu, apesar de ter sido destaque, o processo colonizatório pela presença dos italianos, alemães, italianos e poloneses, os afros também destacaram-se como um grupo étnico significativo, no plano de desenvolvimento do Engenho Jaraguá, no século XIX, do Cel Emílio Carlos Jourdan.
Por ter sido significativos, os afros desde os primórdios da história da Colônia Jaraguá, Distrito Jaraguá e Município de Jaraguá do Sul, são evidenciados e lembrados como personagens construtores de parte da riqueza desta cidade. Vale lembrar o nome do Francisco de Paulo e e Machado de Assis são afros brasileiros, cujo nome de ambos ~estão estampados na faixa de prédios da unidades escolares da Rede Municipal, nos Bairro Chico de Paulo e João Pessoa.
Em nome de logradouros públicos, os afros também são destaques, sendo várias ruas, foram designadas o nome dos ilustres pioneiros: Domingos Rosa (Ilha da Figueira), Urbano Rosa (Vila Lenzi) e outras.
Recentemente, a Futura Empreedimento, uma empresa da consturção cívil homenageou o escritor Machado de Assis: Eis a explanação do Sr Edilsom Carlos Döring, Diretor de Marketing:


"Com relação ao nome, definimos que iríamos usar duas linhas de nomenclaturas, sendo uma Coleção Grandes Escritores, onde entregamos o Edifício Monteiro Lobato (foto anexa) e o Edifício Machado de Assis (foto anexa), por acharmos que são dois influentes escritores de nosso país; e outra chamada Coleção Grandes Músicos, onde lançamos o Residencial Richard Strauss, e na seqüência queremos usar outros nomes famosos, tais como Amadeus Mozart, Tom Jobim, etc."



quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Escola Estadual de Cocal do Sul dá visibilidade para a história e cultura da África

A estudante do Curso de História (a distância) da Faculdade Metropolitana de Guaramirim (FAMEG), Shirley Teles, em 02 de julho estve no Muncípio de Cocal do Sul (SC), região Sul do Estado Barriga Verde, onde flagrou no mural, da Escola de Educação Básica "Professor Padre Shüler", a história e a cultura da África, explorada de modo contextualizado.
É interessante e significativo registrar este fato, visto que a Escola Pública continua sendo palco de profundas transformações, que ocorrem na sociedade. A Lei nº 10.639 é levada a efeito, na Escola Catarinense,porém no ano eleitoral, onde desapareceram "os cães de guarda do regime da força da lei".
A iniciativa da Escola Padre Schüler, mostra quanto é importante um Plano Político Pedagógico (PPP), ser implementado em pilares concretos e sustentados pelos elementos do multiculturalismo. Esta é a melhor resposta, para sociedade eletizada, que pouco discute os problemas crônicos da sociedade brasielira, que perduram há mais de 5 séculos.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Machado de Assis é autor nacional que nasceu antes da globalização

O autor do texto a seguir, ao analisar o perfil da produção literária do cansagrado autor Machado de Assis, revelou-se desconhecedor da visão de Mundo, Sociedade e Cultura, da época assisiana. Veja análise infundada:

"MACHADO DE ASSIS É UMA PORCARIA - A acusação de que os jovens brasileiros têm preguiça de ler é injusta e infundada. O fenômeno Harry Potter testemunha a favor. O Brasil assistiu boquiaberto a miúdas crianças devorarem avidamente infinitas páginas de um pesado volume cujas mãozinhas mal conseguiam sustentar. Da mesma forma, é mentira que criança não gosta de tomar remédio. Ao contrário, é preciso vigiar o frasco de xarope, pois o líquido colorido, cheiroso e docinho lhes aguça a atenção. O segredo do best seller infantil foi justamente este: transformar um amaríssimo remédio em deliciosa guloseima. Na verdade, os pequenos não-leitores são vítimas de ignorantes imposições que fazem dessa atividade não uma prazerosa fonte de crescimento e informação, mas um enfadonho e torturante castigo. Um mau exemplo disso é a teimosia de desastrados professores, que insistem em empurrar Machado de Assis goela abaixo de uma criança de 4ª série. O resultado é que ela toma ódio desse e de outros gênios – aliás, de qualquer literatura. E deve-se, no caso, dar razão ao educando, pois Machado é insuportavelmente inadequado para a idade. Seu vocabulário e suas construções frasais são vetérrimos, herméticos e sua filosofia inalcançável para tão incipiente formação. Os incautos mestres querem que a criança tome a bicicleta pela primeira vez e já saia pedalando com destreza. É preciso que se coloquem aquelas rodinhas laterais até que o novo ciclista aprenda a se equilibrar. Assim, um dos melhores livros de toda a literatura brasileira é o Escaravelho do Diabo, se lido aos 10 anos de idade.

Linguagem rasteira e ilustrações ajustadas - Em descompasso com o aluno, a escola teima no ensino cronológico das correntes literárias e respectivas obras. Mais proveitoso seria começar pela literatura contemporânea, até que um dia ele se interessasse por texto cheirando a mofo – cantigas de amigo e maldizer. Mas há coisa pior: despreparados professores usam a leitura como instrumento de coação. Alguns, para recobrarem a disciplina e a ordem da sala, ameaçam seus alunos com atividades de leitura. O resultado é previsível. Em suma, a criança e o adolescente não lêem porque a escrita é intragável. A começar pelo vocabulário, embaraçoso, incompatível com sua deficitária formação escolar. Os dicionários são labirintos de linguagem floreada-pós-PhD, tão exatas e esclarecedoras quanto os poemas de Cruz e Souza. O aluno de 5ª série que se aventura a buscar um conceito no pai-dos-burros sai dali convicto de que o livro é mais burro do que pai. O verbete procurado é definido por um emaranhado de palavras mais difíceis do que aquela que ele procurava. A experiência assemelha-se à saga de um analfabeto que vive o burocrático jogo de empurra numa dessas destroçadas repartições públicas. Dessa consulta, ele só sai doutor em pingue-pongue. As editoras ainda não entenderam o que é dicionário verdadeiramente escolar: linguagem rasteira e ilustrações ajustadas ao principiante de boa, véio.

Os pais dão sua contribuição: são o melhor exemplo do que não se deve fazer. Prostram-se mudamente diante da TV e dali só saem para dormir. Desconhecem que um dos melhores métodos de ensino e aprendizagem chama-se imitação. As crianças copiam o que vêem, ou melhor, o que não vêem. Se não flagram seus pais degustando um bom livro, não repetirão a experiência. Mas a medalha de ouro cabe à imprensa. Autora dos mais ferozes ataques, ela insiste em tachar o estudante de alienado e de restringir-se a conteúdos acríticos, como horóscopo e futebol. Essa limitação é verdadeira e explicável: não existem publicações infanto-juvenis palatáveis sobre economia e política. Em que pesem as críticas da mídia, não se sabe de jornal que dialogue com a turma. Os jornalistas, não obstante celebérrimos profissionais, desconhecem a regra mais elementar da comunicação: o texto deve se ajustar à língua de quem o recebe, pelo menos por algum tempo. Os fatos político-econômicos, principalmente, são apresentados tão-somente na perspectiva adulta. Esse desajuste não permite às vítimas do caos do ensino reconhecerem qualquer identidade com seu grupo social. Parece que tais acontecimentos afetarão exclusivamente o mundo adulto. A imprensa não se preocupa em traduzir o periódico para a língua escolar. Assim, para o adolescente, não há aplicação prática das informações em seu cotidiano. O estudante sequer entende o que está sendo noticiado. "De boa, véi, num rola não. Tipo assim... nem sei, fraga?"

Um jornal escolaaaar! - Habituados a elogios de colegas e de respeitadíssimos intelectuais, os jornalistas ou mesmo escritores não têm consciência de que suas obras de arte são modorrentas leréias. O leitor é excluído porque não dispõe de instrumento para decifrar tão enigmática composição. É como se ela estivesse redigida em japonês arcaico de trás para frente. O jornalismo sério não aceita se rebaixar ao nível do incipiente leitor, tampouco demonstra paciência com seu desenvolvimento. A imprensa precisa, no entanto, descer do pedestal e ir ao encontro daquele que pretende como leitor. É preciso conquistá-lo, seduzi-lo, "mascá um 171". É necessário formar seu gosto. Mundo adulto, é preciso um jornal escolaaaar! Sei da tentativa bem intencionada de um jornal de grande circulação, no entanto o colorido e a meia dúzia de gírias não foram suficientes para agarrar os teens. É preciso recorrer a profissionais de outras áreas: pedagogos, psicólogos, educadores, bem como a jovens talentos jornalísticos inatos. Só assim será possível a resposta: Aí! De-mo-rô, meu."
Lud Inácio - Observatório da Imprensa / Envolverde.

terça-feira, 18 de março de 2008

Ferrovia, Estação Jaraguá e o Centro Histórico de Jaraguá do Sul, também é espaço da presença afro

No dia 03 de abril de 2008, às19 horas e 30 minutos será entregue oficialmente, o espaço público da antiga Estação de Jaraguá, que ficou conhecida também, como local de armazém de despacho de cargas e mercadorias.
Para a cidade de Jaraguá do Sul esse momento representa um novo tempo, pois a presença da ferrovia em território jaraguaense propiciou o crescimento fértil e continuo da mesma.
Para contar a trajetória da ferrovia, da antiga Estação Ferroviária e do Centro Histórico de Jaraguá do Sul, inúmeros atores sociais e braçais construíram as páginas do enredo, desta história.
Entre os diversos atores sociais, os afros brasileiros protagonizaram diversas funções e atribuições por conta do cargo público que exerceram, ao longo trecho da ferrovia - ramal ferroviário Porto União a São Francisco do Sul - e na sede da Estação de Jaraguá.
A contribuição desses cidadãos afro brasileiros foi significativa, que muito contribuiu para o crescimento social, cultural e econômico, tanto para Jaraguá do Sul e região do Vale do Itapocu.
Portanto, o Centro Histórico de Jaraguá do Sul, a partir de sua apresentação a sociedade jaraguaense, passa a contar com um novo espaço luz, para difusão da cultura regional, centro de memória permanente e centro de lazer social. Com esta nova perspectiva cultural, os movimentos socais organizados, em prol da difusão da histórica da memória da ferrovia, irão lutar permanentemente, para garantir a visibilidade de todos os atores sociais, que construíram em quase um século de existência desta ferrovia, o desenvolvimento e a expansão econômica desta cidade, considerada a "Pérola do Itapocu".

Ademir Pfiffer

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

África, um continente selvagem, que atrai turistas para um safare

"BATALHA DE KRUGER BÚFALOS X LEÕES X CROCODILOS

Um vídeo amador chamado “Battle at Kruger”, filmado pelo turista David Budzinski, se transformou em um dos grandes fenômenos dos portais YouTube, MetaCafe, Break, MegaVideo e atraiu até o momento mais de 23 milhões de visualizações.
No início do vídeo, um grupo pequeno de búfalos passeia tranqüilamente, com um filhote entre eles. Um bando de leões e leoas se esgueiram e armam uma emboscada, capturando o filhote e jogando-o na água. Em uma rápida investida, crocodilos tentam ficar com o pequeno búfalo. Os búfalos, que aparentemente tinham ido embora, retornam depois de alguns segundos com toda a manada, dispostos a resgatar o filhote.
O vídeo é amador e óbviamente não tem a qualidade Discovery Channel ou National Geographic, mas é um flagrante espetacular que vale a pena assistir"



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